Mais de 77% dos lares no Brasil possuem dívidas, de acordo com o Raio X da Inadimplência Brasileira. Um estudo feito anualmente e que teve sua última edição divulgada em dezembro de 2023.
Esses números se referem a pessoas físicas, mas afetam diretamente os negócios. Especialmente, no caso de pequenas empresas e empreendedores, o endividamento pessoal afeta (e muito!) sua saúde financeira.
Pra se ter uma ideia, só em 2023 mais de 740 mil empresas fecharam as portas no país.
Falando de microempreendedores, mais da metade de todos os negócios ativos no Brasil são MEIs. E, segundo o Sebrae, este é o setor que apresenta a maior taxa de mortalidade de negócios em até 5 anos.
Esses dados são alarmantes. Mas a nossa ideia aqui não é criar nenhum tipo de pânico e sim, falarmos abertamente sobre o assunto pra ajudar quem precisa frear a bola de neve de dívidas. Inclusive, esse é nosso tópico 1 do post de hoje. Confere só. ⤵️
Em terra de endividamento, a desinformação é rainha
Parte do nosso problema com endividamento é, também, cultural. Não é comum recebermos educação financeira nas escolas, e falar sobre dinheiro pode ser considerado grosseiro. Sem normalizar o assunto, muito pouco se aprende sobre gestão financeira e pode ser aqui que a bola de neve começa.
Conversar com as pessoas envolvidas (sejam elas parceiras de negócio ou familiares) e buscar informações confiáveis é fundamental pra sua saúde financeira.
Aqui no nosso blog, você encontra uma série de conteúdos que podem te ajudar, e no nosso Instagram tem ainda mais!
Não tenha medo de fazer as contas
Mantenha um controle dos gastos e ganhos – tanto pessoais quanto do seu negócio.
Saber o quanto você tem para receber e quais são as contas a pagar, te dá previsibilidade pra traçar um plano financeiro coerente.
Lembre-se que limite não é dinheiro
Seja na conta PJ ou pessoa física, o limite disponível por lá é pra casos de emergência e deve ser usado com cautela. Pra evitar juros, busque sempre encaixar os seus gastos dentro do que você recebe, e não conte com o que é oferecido pelo banco.
Não caia na tentação do cartão de crédito
Sabia que a taxa de juros média do cartão de crédito é de 335,8% ao ano?
Na prática, isso quer dizer que uma dívida de R$ 1.000 no cartão de crédito pode se transformar em uma bola de neve de mais R$ 4 mil depois de 12 meses. Por isso, tenha cuidado antes de acumular dívidas por lá.
Mas, se isso já aconteceu, entre em contato com a emissora do cartão pra descobrir o quanto você realmente deve e busque uma renegociação.
Faça suas declarações e pagamentos em dia
Priorize sempre as contas a pagar, mesmo que exista outro destino importante pro dinheiro. E sim, a gente sabe que investir no negócio é muito importante, assim como, imprevistos acontecem, mas procure ir colocando as contas em dia. Além de evitar o pagamento de multas e juros, isso ajuda a manter um bom score e vai ser muito positivo na avaliação de um possível empréstimo ou financiamento, por exemplo.
O mesmo vale pra suas declarações: não deixe pra regularizar seu CNPJ ou CPF só no final do ano, você pode ter problemas com o fisco e terá mais custos com multas.
Não misture a conta pessoa jurídica e pessoa física
Jamais pague contas da empresa pela pessoa física, e nem contas pessoais pela conta PJ. Isso gera confusão patrimonial, podendo caracterizar desvio de finalidade da operação, e se isso acontecer, o patrimônio dos sócios vai servir para quitar as obrigações da empresa. Por isso, tenha contas correntes separadas e um cartão de crédito PJ pra sua empresa.
— Ué, mas a empresa é minha, não tenho o direito a receber por isso? Claro que tem.
Mas você deve pagar mensalmente seu pró-labore da conta PJ para a conta PF: cada uma quitando suas obrigações.
Busque o apoio de especialistas
Ter o apoio de uma empresa contábil pra ajudar no seu planejamento financeiro e tributário, pode ser o primeiro passo pra organizar as finanças do seu negócio e dar adeus às dívidas. Conte com a DOUTI nessa jornada!
Se esse conteúdo foi útil pra você, ou precisa de ajuda na sua contabilidade, fale com a DOUTI.